Ao identificar uma “armadilha do lixo”, Lima analisa a experiência de Eduardo Coutinho no documentário Boca de lixo como um caso exemplar num complexo jogo de capturas, ocultamentos e revelações. A autora considera o filme um ‘turning point’ nas representações sobre o lixo, atuando, ele mesmo, como ator num processo de transformação simbólica e mudança social dos papéis desempenhados pelos catadores: de pessoas invisíveis a atores sociais e políticos.
O texto é um dos capítulos do livro “Boca de lixo visto por” que integra a coleção Cinema em Livro, dedicada à obra de Eduardo Coutinho, baseada em análises de cientistas sociais e cineastas sobre cada um de seus filmes. Organizada por Eliska Altmann e Tatiana Bacal, e editada pela 7Letras, a coleção completa pode ser encontrada aqui.