O artigo apresenta um relato etnográfico sobre o Programa de Aceleração do Crescimento nas Favelas (PAC-Favelas) em Manguinhos, antiga zona industrial do subúrbio carioca. O artigo começa por reconduzir a estética das obras ao contexto político mais amplo da cidade, no qual a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocupa um lugar estratégico.Examino, então, as transformações impostas pelo PAC às estruturas de autoridade na favela, afetando relações de poder e de mediação política há muito estabelecidas. Finalmente, volto-me para o papel desempenhado pelos novos sujeitos políticos que atuam precisamente nos interstícios das estruturas de informalidade urbana constitutivos da vida nas favelas cariocas.
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