O item widget-area-1 não está registrado ou não possui um arquivo view.php.

Notícia / 31 maio. 2022

Mesa Redonda “Etnografia das águas urbanas” na 33ª RBA

por ResiduaLab

Coordenada por Camila Pierobon (CEBRAP) e composta por Julia O’Donnel (UFRJ), Mariana Cavalcanti (UERJ) e Ranna Correa (UFRGS), com comentários de Alessandro Angelini (JHU), a mesa visa discutir a água como objeto etnográfico fundamental para pensar a produção das cidades.

Segue o resumo:
“O manejo e a gestão das águas urbanas têm sido cada vez mais central para compreendermos os processos de produção das cidades em suas diferentes escalas e temporalidades. A maioria das cidades brasileiras nasceu no entorno de rios e mares, e as águas doce e salgada aparecem como bem vital, como meio de transporte, fonte de alimentos e possibilidade de trabalho e lazer, ao mesmo tempo em que conectam diferentes cidades, estados e meio-ambientes. No século XX, a gestão das águas urbanas passava pela construção de barragens, canalização de rios, aterramento de manguezais e pela construção de infraestruturas de abastecimento de água e saneamento, cujos efeitos são vividos no presente. O crescimento populacional nos séculos XX e XXI fez da gestão da água um grande problema na produção da vida citadina, que se soma à contaminação dos rios pelo esgoto produzido no espaço urbano e rural. O século XXI inicia-se com as graves consequências das mudanças climáticas, e o racionamento de água vem se tornando uma condição constante nas cidades brasileiras, produzindo efeitos de classe, raça e gênero na vida cotidiana das populações urbanas. Esta mesa redonda trata as águas urbanas como importante objeto de pesquisa etnográfica. A partir da água discutiremos problemas sociais contemporâneos urgentes. Partimos das cidades do Rio de Janeiro e de Porto Alegre para pensarmos como a produção das cidades e suas desigualdades passam pela gestão, manutenção e distribuição diferencial das águas.”