O artigo investiga as concepções de passado, presente e futuro apresentadas pelo jornal O Globo para narrar a expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro em direção à Barra da Tijuca, Zona Oeste, no final dos anos 1960 e 1970. Observa-se a adoção de um discurso que associa a região a concepções de “progresso”. Um progresso que, no entanto, viabilizaria o retorno a um passado natural: a Barra como uma nova antiga maneira de viver que evitará a contaminação sofrida por Copacabana. Argumenta-se que estratégias de expansão da cidade combinadas à atuação da mídia produzem uma narrativa de construção espacial que continuamente nega a mudança.