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Notícia / 21 mar. 2024

Defesa de Tese – Ana Clara Chequetti

por ResiduaLab

É com alegria que divulgamos a defesa de tese de Ana Clara Chequetti, doutoranda em Sociologia pelo IESP-UERJ e pesquisadora do Grupo CASA e do ResiduaLab, intitulada “Ruínas olímpicas e a destruição infraestrutural como modo de produção da cidade: uma etnografia da vida social do Teleférico da Providência”.

A defesa será realizada no dia 27 de março de 2024, às 9h na sala Marcus Figueiredo, IESP (Rua da Matriz, 82).

A banca de arguição será composta pela orientadora Mariana Cavalcanti, Palloma Menezes (IESP-UERJ), Maria Raquel Passos Lima (PPCIS-UERJ), Laura Kemmer (USP), Francesca Pilo’ (Utrecht University).

Resumo:

“Inaugurado durante a Copa do Mundo 2014 e abandonado após os Jogos Olímpicos 2016, um gigantesco teleférico erguido na favela da Providência, no centro da cidade do Rio de Janeiro, definha com a deterioração de seus cabos de aço, torres metálicas e três enormes estações, que conectariam esta que é conhecida como “a primeira favela” à um circuito turístico, ligando à Central de transportes metropolitanos, de um lado, e à Zona Portuária, alvo da revitalização Porto Maravilha, de outro. O Teleférico da Providência participa de uma constelação de ruínas de projetos de urbanização de favelas inacabados ou abandonados, onde a mobilidade monumental simbolizava a integração das favelas e também as inseria em novos regimes de visibilidade, explorando seu potencial turístico e o valor que poderiam agregar ao marketing urbano da “Cidade Olímpica”. Desde 2016, no entanto, o Rio de Janeiro passou a conviver com as diversas “carcaças” dos megaprojetos do urbanismo olímpico, muitos que, como na Providência, já eram considerados abandonados antes mesmo de estarem completos. Essa tese busca realizar uma etnografia da trajetória da vida social do Teleférico do Morro da Providência utilizando a abordagem da antropologia das infraestruturas como instrumento conceitual e metodológico para compreender seus efeitos sociopolíticos. Seguindo os escombros materiais e simbólicos gerados pelo plano de urbanização, analisam-se as racionalidades políticas que constituíram a prática do urbanismo olímpico, e sobretudo dos processos de arruinamento que as acompanham, a fim de compreender as produtividades sociais, políticas e econômicas das ruínas.”