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Notícia / 25 mar. 2025

Confira os GTs da XV RAM coordenados por pesquisadoras e pesquisadores do ResiduaLab

por ResiduaLab

A XV RAM está chegando e o prazo para submissões de trabalhos estão abertos!

As submissões de propostas para os GTs vão até dia 07/04/2025.

Neste ano, a XV RAM acontece em Salvador, sediada na Universidade Federal da Bahia.

Os GTs 07, 31 e 115 são coordenados por pesquisadoras e pesquisadores do ResiduaLab, Maria Raquel Passos Lima, Camila Pierobon e Rodrigo Bulamah.

O GT 31 Antropologia dos Resíduos: de objetos descartados a construtores de mundo contemporâneos, coordenado por Maria Raquel Passos Lima (UERJ), Pablo Schamber (Conicet) e Viviane de Assuncao (UNESC/SDSU), e descrito como um GT interessado em:

Os resíduos constituem objetos de análise privilegiados para a compreensão de intrincadas relações. Sejam violências e colonialismos, ou a recriação de vidas e oportunidades, partimos da produtividade dos resíduos na “construção de mundos” (Lima, 2023). Categoria complexa e dinâmica, que varia ao longo do tempo e espaço, os resíduos não podem ser pensados apenas como o fim de um processo de produção e consumo. Eles se apresentam como agentes centrais de profundas transformações que atingem sociedades e populações em todo o planeta sob a forma de mudanças climáticas. Os resíduos e seus usos também mobilizam diferentes atores em disputas e negociações em torno de seus sentidos, valor e destinação, permeados por relações desiguais de poder e regimes de (in)visibilidade. Considerando as potencialidades deste objeto antropológico, este GT aceita trabalhos que contemplem questões como: o trabalho de catadores(as) em suas diversas modalidades, tecnologias e práticas de reutilização e reciclagem; políticas públicas, projetos de gerenciamento, ativismos e conflitos a estes associados; processos de ressignificação, reapropriação e a investigação da vida de resíduos (sólidos, industriais, tóxicos) na constituição de mundos específicos e suas dinâmicas; interfaces entre resíduos e a (re)configuração do espaço urbano; infraestruturas industriais, circulares, extrativistas que alteram relações, corpos (mais que) humanos, paisagens e modos de habitar e fazer a vida em meio e com resíduos.

Ja o GT 115 – Historicidade e transformação em perspectiva antropológica, coordenado por Julia Goyata (UFMA), Rogerio Pires (UFMG) e Rodrigo Bulamah (UERJ), descreve-se como um GT interessado em trabalhos que se associam a discussão:

Este GT se inspira em experiências etnográficas e historiográficas no Caribe e na importância que a noção de história adquire nos estudos sobre a região. Seja abordada como conceito local, em experiências antropológicas de campo, seja em estudos que lidam com a narrativa de transformações e acontecimentos políticos, econômicos e sociais, a história emerge como problema de pesquisa para muitos dos autores que refletiram sobre as especificidades dessa região. Como nos ensina Michel-Rolph Trouillot em “Silenciando o passado: poder e a produção da história” (1995), a história e de seus suportes, as narrativas, os documentos e os arquivos, devem ser investigados na medida em que refletem relações de poder, selecionando e ocultando fatos, cujos efeitos são sentidos de forma diversa na vida social. Pretendemos acolher trabalhos que se dediquem à investigação histórica, seja entendendo-a como problema para as pessoas com quem nos relacionamos em campo – o que podemos chamar de historicidade – seja interpelando-a através de um trabalho etnográfico com textos, expressões artísticas, arquivos, documentos históricos e indícios materiais. Nos interessa explorar a maneira como legados coloniais, processos de arruinamento, avanço de novas economias e transformações de diversas ordens são enfrentados por diferentes coletividades. Os trabalhos podem ser realizados em contextos etnográficos variados, mas pesquisas que interpelam a região caribenha serão particularmente bem-vindas.

Ja o GT 7, Águas na Antropologia: mudanças climáticas, infraestruturas e eventos extremos, coordenado por Camila Pierobon (Museu Nacional/UFRJ), Julia O’Donnel (UFRJ) e Ana Spivak (Conicet), pretende discurtir trabalhos que se relacionam com as seguintes discussões:

As águas, em suas múltiplas dimensões, são centrais para a vida social, conectando práticas cotidianas, infraestruturas, ecologias e sistemas de poder. Este GT convida pesquisadores a explorar como as águas são vividas, governadas, disputadas e transformadas em meio às mudanças climáticas, eventos extremos e infraestruturas. Partimos da multiplicidade das águas – fenômeno físico, ambiental, cultural e político – valorizando abordagens que considerem suas diferentes formas, como rios, chuvas, mar, água potável e águas contaminadas. As águas, em suas qualidades vivas e multidimensionais, criam corpos, territórios e histórias, além de revelar desigualdades sociais ligadas à sua escassez, excesso ou gestão. Buscamos trabalhos que analisem: os usos da água em cenários críticos; os conflitos gerados por regimes de conhecimento e governança; o papel político das águas na produção de memórias e identidades; as disputas infraestruturais e econômicas em torno das águas; e os futuros das águas como problema antropológico, especialmente diante das mudanças climáticas. Este GT pretende fomentar o diálogo e as contribuições da antropologia e áreas afins para o entendimento das águas como protagonistas das relações sociais e políticas contemporâneas. Trabalhos etnográficos, análises comparativas, reflexões teóricas e estudos de caso são bem-vindos, ampliando o debate sobre os desafios e possibilidades de um mundo em transformação climática.


Para mais informações sibre as inscrições e descrições completas de cada GT, acesse o site do evento: https://www.ram2025.sinteseeventos.com.br/site/capa